segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Tudo a seu tempo e seguindo seu curso, sei que a regra é válida e evidente, assim como a Justiça, que pode tardar, mas não falhar. Por outro lado, acho que sem nossa ajuda, o destino não se movimenta, o tempo não passa.

Sou daquelas que acho que para tudo existe um por que e que, por mais que a gente fuja, o que é para ser nosso, será, mas também acredito que não podemos deixar apenas acontecer, se mantendo imóveis. Acho que atitude, energia, pensamento, tudo conspira junto, a favor ou contra.

Podemos viver meses e, até, uma vida a nos enganar, mas sei que, mesmo que dure segundos, sempre nos damos conta da nossa verdade, sempre caímos em si e enxergamos, claramente, que estamos apenas nos enganando e vivendo um dia-a-dia teatral, porque no fundo, sempre sabemos a essência, o valor e o que, de fato nos importa e faz falta.

Podemos viver uma vida com muitas ligações, com contatos de diversos graus, mas aqueles com borboletas no estômago, que nos desafiam profissionalmente, que nos beneficiam com uma amizade sincera, que nos traz a sensação de liberdade, que nos faz proferir as palavras sem máscaras, que nos conhecem através de um único suspiro, essas ligações são únicas.

Pode ser que você nunca tenha a sorte de sentir um aperto na coluna, nada de frio na espinha, porque um aperto na coluna nos faz enrijecer de medo e de tesão; nos faz elouquecer de desejo e de paixão; nos faz amadurecer de amor e de desilusão; nos faz crescer de tristeza e emoção; nos faz chorar de sincronia ou separação.

Acredito em tudo isso e que no fim, nem que seja bem no fim, todas as verdades sem-pre nos são ditas; mesmo quando teimamos em não escutá-las. O meu consolo é que sei, exatamente, onde fica meu chão, onde fica meu céu.

Ando deixando de me escon-der e entregar tudo nos braços do amanhã, ando procurando, ando me mexendo, indo além, lutando, iluminando, para tornar essa minha verdade, essa minha busca, em realização, em fato.

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