sexta-feira, 11 de novembro de 2011

meu segundo livro...


Você está pronto para me ouvir?


Não, eu não quero ser política.

Ao menos desta vez, vou falar tudo que penso.

Chega de caras e bocas.

Não quero mais saber de poses e falas falsas.

Você está preparado para ouvir?

Pois vamos lá...

Sim, é verdade, eu te amei pra caralho, era louca por você. Tivemos bons momentos e ganhei ótimos presentes, foi com você que aprendi a apreciar excelentes vinhos, mas e daí?

Sim, você foi a maior decepção da minha vida. Entre os canalhas que conheci, você foi o pior. Não é que eu acreditasse em príncipes encantados, mas nunca convivi com um ator tão bom. Você foi meu maior engano, minha pior ilusão, meu maior karma.

Naqueles dias eu sequer enxergava a minha auto-anulação, me corrompia por pensar que aquilo era amor, me auto-mutilava ao permitir com que você deletasse todos os valores que sempre me orgulhei de ter.

Foi com você que pude ver de perto a loucura do ser humano, a fraqueza do homem, o egoísmo masculino.

Hoje, bom, hoje eu já não te amo mais, nem tenho mágoa ou raiva, nem ao menos carinho. O rancor que sobra é por mim mesma, por ter perdido meu tempo, por ter permitido ser modificada.

Eu não me lembro dos seus traços, não tenho fotos e nem presentes seus. Joguei tudo fora no dia em que você me mandou a merda.

Verdade que tudo isso me fez amadurecer, sou muito melhor agora, mas não adianta, não serei hipócrita. Taí uma lição que você não conseguiu me ensinar, mas será que você está pronto para me ouvir? Pois, vamos lá.

Te desejo nada menos que me fez passar, nem nada a mais do que me fez sofrer. Não quero que ninguém o exponha além daquilo que você me expôs, nem o use da forma como me usou. Meu único pensamento em direção a ti é de lamento. Onde quer que esteja, em cada passo que dê, tenha consciência, pelo menos isso, pelo menos a partir de agora!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Enterro do Harry Potter

Muitos podem até me censurar ou dizer que tenho uma postura imatura, mas ao assistir a última parte da saga do pequeno bruxo me senti como se estivesse me despedindo de personagens que, desde 1999 - quando comecei a ler as aventuras J. K. Rowling - me acompanham, seja nas telas de cinema ou nos livros que devorei por noites inteiras.

Eu não só assisti aquelas atores crescerem, como também acompanhei toda a trajetória deles sob uma impressão própria que tinha a cada página que lia.

Às vezes é bom tirar os olhos da realidade e mergulhar em um universo mágico, faz bem acreditar em feitiços e saber que, mesmo só na imaginação, eles funcionam e são capazes de operar verdadeiros milagres. São essas sensações que Harry Potter e sua trupe me proporcionavam. Era capaz de ver em cada um dos personagens um pouquinho do meu mundo. Um olhar que lembrava alguém, uma insegurança tola que senti em algum momento, um medo que aflorou em determinado instante.

Nesta última parte eu me recordei não só das sensações e impressões que tive ao foliar as obras, mas, principalmente, daqueles com quem assisti a todos esses filmes. São pessoas que, hoje, estão, assim como os atores, crescidas, amadurecidas, diferentes, mas também são pessoas que em algum momento se perderam, gente que não tenho mais nenhuma afinidade, nenhum contato, nenhuma conversa.

A última parte de Harry Potter mostra o valor da amizade, da família, do verdadeiro amor, valores que também enxergo na minha vida e nas pessoas ao meu redor. Assim como no filme, alguns ficam, outros são mortos, não pelos feitiços de Voldemort como mostra o enredo do filme, mas pelas peças pregadas pela própria falta de caráter ou, eventualmente, apenas pela distância que separa os que devem ficar e os que se vão.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Que calor que dá


Que calor é este que vem chegando de repente e incendeia meu corpo...

É uma sede que dá e causa malemolência.

Fico coberta pelo suor, aquecida pela temperatura e fraca pela queda de pressão.

A respiração parece diminuir e aumentar a cadência sem nenhum ritmo certo e toda esta diversidade faz minhas células se excitarem, como se estivem em pleno baile de carnaval.

Não me refiro ao sol lá de fora e nem aos 30 graus do Rio de Janeiro.

Meu calor tem a ver com a libido que só aumenta toda vez que eu te vejo!

Final feliz



E, de repente, eu me vi ali.Encoberta pelos seus braços e dormindo um sono tranqüilo. Não havia mais dúvidas e nem outras, era uma simples história a dois.

Meus sorrisos já não variavam de acordo com a temperatura da janela do meu MSN porque vc estava sempre do outro lado da linha e dividindo o mesmo cobertor, mas não era só isso. Eu revi minha história naquele momento.

Eu, tola, que achava já ter sentido tudo, percebi que tinha muito mais por vir, muito mais a aprender. A intensidade do que já havia passado, para minha surpresa, não era meu ápice, eu poderia ir além., pois notei que já não havia tempo para histórias imaturas e nem começava ou admitia nada da forma convencional.

O agora não tinha espaço para ilusões ou trapaças, eu fiquei com a realidade. Sabia dos erros e defeitos e foi por conta deles que me permiti amar novamente, sem poemas romanceados ou flores sem sentido.

Eu me vi ali, feliz, encoberta pelo seus braços pensando que jamais poderia supor que teria bem mais a oferecer. E, de repente, notei o quanto havia me enganado ao acreditar já ter amado o suficiente. Aquilo, meu caro, era uma pequena amostra, nada além do que o respiro do suspiro que expiro ao sentir e dizer todos os dias, da forma mais singela e sincera que conheço, que eu te amo!!!