terça-feira, 25 de novembro de 2008

"Legislação de Guerra"

Quando se está solteira aos 20 anos, tudo parece lindo. É uma vida inteira pela frente. Temos o mundo para conhecer. Todos os gatos da faculdade para azarar e os quatro cantos da terra para desvendar.

Quando se chega aos 25 anos, começamos a nos apaixonar, a vislumbrar a possibilidade de assumir um namoro e, quem sabe, um dia, casar. Tudo depois de se estabilizar profissionalmente, amorosamente e financeiramente. E todos esses quesitos estarão se equilibrando lá pela fase balzaquiada.

Quando se chega aos 30 anos, já saboreamos a primeira paixão, sofremos pela décima decepção, insistimos na perfeição. Aguardamos e ainda lutamos por uma estabilidade em todos os quesitos. Acreditamos em nós mesmas e sentimos falta do desapego e daquela moça com 20 anos, que ainda imaginava um companheiro bem-resolvido. Nessa fase, estamos escaldadas, baleadas e maduras para enxergar sem ser por trás de névoas. Vemos os erros, os acertos e não nos contentamos com pouco. Queremos qualidade, mimo, trato, educação, respeito e consideração. É nesta fase que percebemos que nossa lista de exigências aumentou e a lista de aptidões dos candidatos reduziu drasticamente. É neste momento que estabelecemos regras, padrões e legislações destinadas à guerra. Um conjunto de regras fixado entre amigos com pensamentos similares e que vivem a mesma fase. Em vez de nos estabelecermos financeiramente para dividirmos uma vida com alguém, optamos por compartilhá-la com os guerreiros amados. Voltamos a imaginar que há uma vida inteira pela frente, que temos o mundo para conhecer, muitos gatos para azarar e os quatro cantos da terra ainda estão lá para desvendar. Desta vez com algumas boas vantagens: temos mais dinheiro, temos mais independência, temos mais maturidade, temos mais segurança. Sabemos o que queremos, como e onde queremos. Estamos cientes da posição que gostamos e sem hora para voltar para casa.

Quando se está nos 30 anos, percebemos que quando a guerra recomeça, não há planos de retorno, não há planos de vida a dois, não há espaço para um novo amor, porque descobrimos que o amor por nós mesmas já se basta!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

"Migalhas na estrada"

É semelhante a história de João e Maria, ele vai deixando o rastro para não se perder no caminho. Demarcando o trajeto para que eu não o perca de vista. Traça todos os trechos por onde passou para que eu saiba onde esteve. Não há lacunas a preencher ou trajetórias a adivinhar. Ele registrou todos os passos para me manter informada. A distância dessa estrada é grande e o tempo perdido por ela também. Mesmo assim as migalhas não desaparecem. Ele continuou a ciscar, a apontar o caminho, a me levar até a luz, até onde ele estava. Até onde ele, de alguma forma, sempre esteve.

domingo, 9 de novembro de 2008


Hoje, uma das pessoas que mais amo na vida, que mais dá sentido a minha existência e que eu mais admiro completa 30 anos. Ela é luz, energia, renovação, exemplo, bondade, honestidade, entrega, amor, simplicidade, alegria, vida. Ela é minha razão, minha força, minha base, meu brilho, meu sentido, meu equilíbrio, um lembrete da força de deus, constantemente, dia-a-dia.

Didi, eu te amo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

UM DEFEITO NA MULHER





Deus fez a mulher, já estava nas horas extras de seu sexto dia de trabalho.Um anjo apareceu e lhe disse: 'Por que gastas tanto tempo com esta?' E o Senhor respondeu: 'Você viu minha 'Folha de Especificações' para ela?''Deve ser completamente flexível, porém não ser de plástico, ter mais de 200 partes móveis, todas arredondadas e macias e ser capaz de funcionar com uma dieta rígida, ter um colo que possa acomodar quatro crianças ao mesmo tempo, ter um beijo que possa curar desde um joelhoraspado até um coração ferido'O anjo se maravilhou com os requisitos. - E este é somente o modelo Standard? É muito trabalho para um só dia. Espere até amanhã para terminá-la, Senhor.- 'Não o farei, protestou o Senhor. Estou muito perto de terminar esta criação, que é a favorita de Meu próprio coração. Ela já se cura sozinha, quando está doente e pode trabalhar 18 horas por dia.'O anjo se aproximou mais e tocou a mulher.- 'Porém a fizeste tão suave Senhor!'.- 'É suave', disse Deus, 'porém a fiz também forte'. Não tens idéia do que pode agüentar ou conseguir.- 'Será capaz de pensar?' perguntou o anjo.Deus respondeu: - 'Não somente será capaz de pensar, mas também de raciocinar e negociar, mesmo que pareça ser desligada ela prestará atenção em tudo o que for importante'.Então, notando algo, o anjo estendeu a mão e tocou a pálpebra da mulher...- 'Senhor, parece que este modelo tem um vazamento... Eu Te disse que estavas colocando muitas coisas nela'. - 'Isso não é nenhum vazamento... É uma lágrima', corrigiu-o o Senhor.- ' Para que serve a lágrima?' perguntou o anjo.E Deus disse: - 'As lágrimas são sua maneira de expressar seu amor, sua alegria, sua sorte, suas penas, seu desengano, sua solidão, seusofrimento e seu orgulho.'Isto impressionou muito ao anjo.- 'És um gênio, Senhor. Pensaste em tudo. A mulher é verdadeiramente maravilhosa' .- 'Sim, ela é'! A mulher tem forças que maravilham os homens. Agüentam dificuldades, carregam grandes cargas físicas e emocionais, porém, têmamor e sorte. Sorriem, quando querem gritar. Cantam, quando querem chorar. Choram, quando estão felizes e riem, quando estão nervosas.Lutam pelo que acreditam. Enfrentam a injustiça. Não aceitam 'não' como resposta, quando elas acreditam que haja uma solução melhor. Se privam, para que sua família possa ter algo. Vão ao médico com uma amiga que tem medo de ir. Amam incondicionalmente. Choram quando seusfilhos não triunfam e se alegram quando suas amizades conseguem prêmios. São felizes, quando ouvem falar de um nascimento ou casamento. Seu coração se despedaça, quando morre uma amiga. Sofrem com a perda de um ser querido, mas são ainda mais fortes quando pensamque já não há mais forças. Sabem que um beijo e um abraço podem ajudar a curar um coração ferido. Porém, há um defeito que não conseguicorrigir:'É que às vezes elas se esquecem o quanto valem.'

quinta-feira, 6 de novembro de 2008


E foi assim que milhões de pessoas no mundo todo saudaram o novo presidente eleito dos Estados Unidos da América, Barack Obama. Sim, um negro eleito por um país considerado racista e atrasado. A emoção de jovens e velhos, brancos e pretos, homens e mulheres, heterossexuais e gays, americanos e anti-americanos, foi geral. Seu discurso levou multidões às lágrimas e sua eleição surpreendeu um mundo que já não acreditava mais em bom-senso na terra do tio sam. Será uma nova era? Um recomeço? Pra mim é uma prova de que ainda há esperança, de que o povo americano ainda tem conserto, de que nem tudo está perdido.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Dor




Existem dores e DORES.
Aquelas que nos faz nos contorcer de dor por conta de algo indevido que acontece no corpo são do tipo que eu prefiro ter.
Falo das que necessitam de morfina, de remédio, de anestesia, de médico. Dores dessa natureza me deixam mais aliviada, mesmo com o sofrimento muscular que podem vir a me causar. Isso, porque tenho como tratá-las, posso contar com a ajuda de um medicamento e me internar até ficar sã e salva. Tenho a possibilidade de arrumar muletas e licença-médica. Tenho um prazo para me recuperar.
Aquelas DORES, com letra maiúscula, que parecem intermináveis, eu procuro evitar, mas mesmo sem querer e, por enquanto, ainda me coloco em situações de risco. Essas dores são daquelas que não podem ser tratadas com remédios, não existem médicos preparados para essa patologia e o prazo de recuperação é indeterminado. O fato causador é possível de enxergar, mas as consequências são inimagináveis. É impossível apontar o local do corpo que dói, porque tudo parece um amontoado de cicatrizes abertas e sensíveis. Quando nos damos conta, a impressão que se tem é que todos os poros sangram. Detectar esse tipo de dor, ás vezes, é difícil a olho nu, mas se você parar para observar, atentamente, vai poder ver sinais de dores dessa natureza. São sinais vindos do olhar vago, das palavras amargas, do coração trancado, da alma fechada, da ausência de crença. Neste caso, acho que existe uma reabilitação, mas nunca uma recuperação completa. O fato é que você nunca sai a mesma depois de ter sentido esse tipo de dor.
Dizem que se existe a dor, é porque temos de senti-la. Se existe dor é porque há algum propósito.
Afinal, levar pancadas e não ter nenhuma dor é sinônimo de que alguma coisa não vai bem dentro de seu corpo. É a forma que o ser humano tem de dizer que alguma coisa errada está acontecendo com sua saúde.
Penso que a dor de alma tem o mesmo princípio. Se você leva rasteiras da vida e fica inerte, é porque falta um pouco de humanidade naquele espírito. Reagir a esses tropeços, é a forma que o ser humano tem de provar que é, de fato, gente.
Sei que a dor existe, em todos os níveis e alcances e concordo que elas existem por algum motivo. O que desconfio é que poucos, hoje, são gente o suficiente, pelo simples fato de não cansarem de provocar esse tipo de machucado, de natureza insuportável...e consequências irremediáveis
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