quinta-feira, 21 de julho de 2011

Enterro do Harry Potter

Muitos podem até me censurar ou dizer que tenho uma postura imatura, mas ao assistir a última parte da saga do pequeno bruxo me senti como se estivesse me despedindo de personagens que, desde 1999 - quando comecei a ler as aventuras J. K. Rowling - me acompanham, seja nas telas de cinema ou nos livros que devorei por noites inteiras.

Eu não só assisti aquelas atores crescerem, como também acompanhei toda a trajetória deles sob uma impressão própria que tinha a cada página que lia.

Às vezes é bom tirar os olhos da realidade e mergulhar em um universo mágico, faz bem acreditar em feitiços e saber que, mesmo só na imaginação, eles funcionam e são capazes de operar verdadeiros milagres. São essas sensações que Harry Potter e sua trupe me proporcionavam. Era capaz de ver em cada um dos personagens um pouquinho do meu mundo. Um olhar que lembrava alguém, uma insegurança tola que senti em algum momento, um medo que aflorou em determinado instante.

Nesta última parte eu me recordei não só das sensações e impressões que tive ao foliar as obras, mas, principalmente, daqueles com quem assisti a todos esses filmes. São pessoas que, hoje, estão, assim como os atores, crescidas, amadurecidas, diferentes, mas também são pessoas que em algum momento se perderam, gente que não tenho mais nenhuma afinidade, nenhum contato, nenhuma conversa.

A última parte de Harry Potter mostra o valor da amizade, da família, do verdadeiro amor, valores que também enxergo na minha vida e nas pessoas ao meu redor. Assim como no filme, alguns ficam, outros são mortos, não pelos feitiços de Voldemort como mostra o enredo do filme, mas pelas peças pregadas pela própria falta de caráter ou, eventualmente, apenas pela distância que separa os que devem ficar e os que se vão.

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